Uma nação pode ser impactada pelo poder da oração?
Com a aproximação do primeiro turno das eleições municipais, livro de Derek Prince gera reflexão sobre o papel dos cristãos na sociedade. Leonardo Felix Em uma sociedade cada mais fragmentada em suas ideologias e visões de mundo, às vésperas do primeiro turno das eleições municipais, muitos cristãos se perguntam como devem se posicionar. Além disso, pensam se é legítimo influenciar os rumos da política, tendo em vista a projeção do Datafolha, que aponta que os evangélicos correspondiam, em 2019, a 31% da população. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, esse número era de 42,3 milhões de pessoas, um percentual correspondente a 22,2% dos brasileiros. De acordo com esse órgão, anualmente são abertas 14 mil igrejas evangélicas no país. Lançada pela Graça Editorial, a obra Orando pelas autoridades, de Derek Prince, aborda esse assunto extremamente atual. “A Igreja tem várias maneiras de influenciar o mundo de forma eficiente. Podemos citar quatro delas: oração, testemunho, pregação e boas ações. Deus espera que ela exerça sua influência nesses moldes básicos. O Senhor deseja que a Igreja mostre seu controle nos assuntos deste mundo pela oração. As Escrituras são claras quanto a isso. Se ela fracassa nesse propósito, é porque se tornou sal insípido” (p. 5). Mas se o mundo precisa de mudança para se tornar tudo aquilo que o Senhor planejou para nós, por que essa transformação não acontece? A resposta é simples, pois, segundo Derek Prince: “Se a terra não está sarada, há apenas uma razão: não fizemos o que Deus ordenou. Essa é a mais pura verdade! É um jeito diferente de dizer o que está em Mateus 5.13: Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens. Quando nossa terra não é curada com nossa presença, o sal perde o sabor” (p. 8). Prince ressalta que para “fazer diferença” é preciso orar pelas autoridades legalmente constituídas. “O apóstolo (Mateus) adverte-nos a primeiro interceder pelos reis e por todos os que estão em eminência. Contudo, por experiência, vejo que a maioria do povo que se diz ‘de Deus’ quase nunca intercede pelas autoridades, muito menos dá prioridade ao clamor” (p. 17). O autor lista quem deve ser o foco de nossas orações diárias: “Por todos os que estão em eminência: presidente, senadores, deputados, governadores, prefeitos, delegados, enfim, todas as autoridades. Você intercede por elas? Qual foi a última vez que clamou em favor do presidente? O que você fez recentemente: criticou ou orou? Quando se ora pelas autoridades, as críticas diminuem. Deus não chama ninguém para criticar, mas para orar. Quem não age dessa forma é desobediente” (p. 17), afirma. Para aprofundarmos essa reflexão, o blog da Graça Editorial entrevistou o líder regional da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) no Rio de Janeiro, o pastor Rogério Postigo. Blog Graça Editorial: Como o cristão pode colaborar e impactar toda a nação através da oração? Pr. Rogério Postigo: O nosso desafio é levantar os nossos olhos e ver as necessidades de orações, além dos nossos problemas pontuais, como saúde ou família. Pois os problemas sociais também interferem em nosso dia a dia, tais como corrupção, violência urbana e desemprego. Diante disso, a Palavra de Deus nos manda orar pelas autoridades para que tenhamos dias tranquilos (1 Tm 2.2). Blog Graça Editorial: O povo de Deus deve orar também por seus governantes? Qual é a importância desse ato de fé? Pr. Rogério Postigo: A Escritura diz que a oração de um justo pode muito em seus efeitos, pois sempre produzirá transformações na vida das pessoas por quem oramos, como também irá impactar a sociedade que vivemos. Blog Graça Editorial: Como as eleições podem impactar o cotidiano do cristão? Pr. Rogério Postigo: Aqueles que são eleitos pelo povo têm o dever de governar para todos, mas sabemos que os candidatos que receberam os votos têm as próprias bandeiras, pelas quais eles irão trabalhar. Sendo assim, o povo de Deus precisa examinar os candidatos a fim de não eleger alguém que é contra os seus valores morais e espirituais. Fontes: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/01/evangelicos-podem-desbancar-catolicos-no-brasil-em-pouco-mais-de-uma-decada.shtml https://www.nexojornal.com.br/externo/2019/12/09/O-crescimento-da-f%C3%A9-evang%C3%A9lica