Artigos de Casamento, Família e Relacionamento

Mães da Bíblia

No mês que comemoramos o Dia das Mães, conheceremos algumas histórias bíblicas de mães que passaram por lutas e dores, mas se apegaram a Deus e venceram! Eva – a primeira mãe. Eva foi a primeira mãe, e tinha como ordenança do Senhor se multiplicar (Gn 1.28). No entanto, um triste episódio a fez perder um filho para a morte e o outro para o mundo. Vamos analisar os fatos: Caim mata Abel, seu irmão. Eva teve um filho morto e o outro assassino. Ela tinha razões para não querer ser mãe novamente, poderia ter achado difícil demais essa missão divina, resolvendo desobedecer-Lhe de novo, como fez quando comeu do fruto da árvore da vida. Satanás tem arrancado do coração de muitas jovens o sonho de ser mãe. Não no sentido biológico, mas, sim, na esfera mental, uma vez que diversas mulheres não desejam ser mãe. Acham bastante árdua essa missão, talvez por exemplos ruins ou traumas na infância. Não conseguem se imaginar com o seu próprio filho nos braços, pois um bloqueio foi gerado, ou outras prioridades tomaram a frente da maternidade. Mesmo diante desse triste cenário, Eva continuou tentando engravidar e teve outro filho chamado Sete (Gn 4.25). Aleluia! Se Eva tivesse desistido, Sete não teria nascido. Sete também teve um filho, Enos, então se começou a invocar o nome do SENHOR (Gn 4.26). O plano de Deus é perfeito! Não pare! Continue agindo conforme a Palavra, e você será honrada com filhos virtuosos! Não se entristeça com os erros que seus filhos cometeram, apenas obedeça ao Senhor e permaneça crendo. Assim, você será recompensada, conforme afirma a Palavra em Hebreus 10.35. Sara ignorou a idade avançada. Sarai, mulher de Abrão, acompanha seu esposo em uma jornada rumo à Terra Prometida. Considerada uma mulher de fé, ela creu e obedeceu a seu esposo. Contudo, não imaginava enfrentar o maior desafio de sua vida: dar um filho a Abrão, o qual seria o fruto da promessa do Altíssimo. Os anos passaram, e o casal não via evidências de uma gestação. Então, Sarai resolve agir, por conta própria, para a promessa acontecer. Ela oferece sua serva, Agar, a Abrão a fim de gerar um filho no lugar de Sarai. Ismael nasce, mas Deus adverte Abrão que esse não era o filho da promessa (Gn 17.15-19). No tempo oportuno, Deus mudou o nome de Sarai, chamando-a de Sara. Era tempo da promessa se cumprir. Quando os anjos vieram para ministrar a benção sobre o ventre de Sara, abrindo-lhe a madre depois de anos de esterilidade, ela, pelas circunstâncias, duvidou. De fato, Sara não tinha esperança, pois estava com 90 anos. Naquela época, gerar filhos era motivo de muito orgulho para uma mulher. Tal acontecimento demonstrava que as bênçãos e o favor de Deus estavam sobre ela, e a esposa de Abraão não sabia o que era isso, uma vez que não tinha vivido essa experiência ainda! Isso é milagre! É assim que Deus age! O impossível, o improvável e o sobrenatural são especialidades do Senhor. Não espere circunstâncias favoráveis. Entenda: antes de acontecer um milagre, enfrentaremos dificuldades, tribulações e uma nuvem de impossibilidades, mas, mesmo diante desses empecilhos, temos fé no que Deus prometeu. Sara creu! Pela fé, também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido (Hb 11.11). E assim será com você, pois Deus é especialista em milagres! Rebeca – bênção duplicada. Isaque, o filho da promessa de Deus a Abraão, casa-se com Rebeca (Gn 24), uma mulher formosa, generosa e hospitaleira. O casamento foi lindo, mas eles não foram imediatamente abençoados com um herdeiro. Sabemos o quanto era especial para uma mulher ter filhos naquela época! Então, durante 20 anos, enfrentaram uma luta para ter um filho! Observe a insistência desse casal em crer no milagre divino. De fato, não há registro de atalhos, como Sara e Raquel fizeram, para resolver o problema. E eles permaneceram confiando somente em Deus, e o Senhor ouviu o clamor! E Isaque orou instantemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu (Gn 25.21). Aleluia! Rebeca não apenas teve sua madre aberta para gerar, mas também foi abençoada com duas crianças em uma única gestação! Não desista! Não importa quanto tempo passe, continue confiando em Deus e orando! Mantenha a fé! Agindo dessa maneira, você será vitoriosa. Então, declare: “Recebo bênçãos duplicadas em Nome de Jesus!”. Raquel – a preferida que não tinha filhos. Raquel era filha de Labão, tio de Jacó. Quando o filho mais novo de Isaque a conheceu, logo se apaixonou por ela. Então, durante sete anos, ele trabalhou para se casar com Raquel. No entanto, aquele povo tinha como costume casar a filha mais velha primeiro. Assim, na lua de mel, Labão enganou Jacó quando levou Leia vestida de noiva no lugar de Raquel. Ao perceber a traição, Jacó não desiste da sua amada, e trabalha mais sete anos para se casar com Raquel. De início, ela teve que dividir seu marido com outra mulher. Também teve de enfrentar a vergonha de ser estéril. De fato, seu marido a amava, conforme a passagem de Gênesis 29.30 afirma, mas, para Raquel, isso não era suficiente. Envergonhada e oprimida, decidiu entrar em uma competição, pois, segundo ela, estava perdendo a batalha para sua irmã. Leia tivera seis filhos, e cada uma de suas servas, Bila e Zilpa, também já tinham dado dois filhos a Jacó. No entanto, Raquel ainda não tinha gerado nenhum bebê. Vendo, pois, Raquel que não dava filhos a Jacó, teve Raquel inveja de sua irmã e disse a Jacó: Dá-me filhos, senão morro. Então, se acendeu a ira de Jacó contra Raquel e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre? (Gn 30.1,2). Somente quem deseja ter um filho sabe que sentimento é esse, ao ver outras mulheres gerando vidas enquanto ela não consegue engravidar. Se esse é o seu caso, não entre nas ciladas da inveja ou da competição, conforme aconteceu com Raquel. Ore e confie no Senhor, pois Ele Se lembrará de você. Apenas creia que irá vencer essa luta! E lembrou-se Deus de Raquel, e Deus a ouviu, e abriu a sua madre. E ela concebeu, e teve um filho, e disse: Tirou-me Deus a minha vergonha (Gn 30.22,23). Aleluia! Não se desespere, somente ore, creia e seja fértil! Sifrá e Puá – deixem os meninos viverem. No texto de Êxodo 1.15-21, vemos a história dessas duas parteiras no Egito, as quais não obedeceram à ordem de Faraó, que era matar todo menino que nascesse. Essas duas hebreias temeram a Deus, pois deixaram as crianças viverem. Tal atitude poderia ter custado a vida de Sifrá e Puá, mas elas foram ousadas e corajosas, pois preservaram a vida daqueles bebês. E aconteceu que, como as parteiras temeram a Deus, estabeleceu-lhes casas (Êx 1.21). Veja que lindo! A obediência ao Senhor fez com que Deus as abençoasse, dando a cada uma a oportunidade de ser mãe e ter a sua própria família. Assim, elas tiveram seus nomes mencionados na Bíblia, enquanto Faraó foi esquecido. Toda vida é de Deus, e somente Ele tem o poder de conceder ou não essa graça (1 Sm 2.6). Desde o momento da concepção, uma nova vida é formada. Para Faraó, aquelas eram vidas indesejadas. Assim, achou que tivesse plena autoridade para matar as crianças. Mas, para Sifrá e Puá, somente o Senhor poderia dar o dom da vida ou retirá-lo. Não deixe que o medo, a insegurança, a raiva ou a frustração o conduza ao pecado da morte, escolha a vida (Dt 30.19). Deixe os meninos viverem! Não matarás (Êx 20.13). Joquebede – uma gestação de medo. Os hebreus tinham se multiplicado no Egito. Então, Faraó determinou que os bebês meninos fossem mortos pelas parteiras (Êx 1.16). Joquebede passou por uma gestação de medo, pois sabia que, se o seu bebê fosse menino, estaria condenado à morte! Muitas mães também sentem medo e ficam apreensivas a respeito do futuro dos filhos. Algumas questionam: “Será que vou sobreviver a essa enfermidade? Será que vou ver meu filho nascer durante a pandemia? Será que na vida adulta permanecerão íntegros e tementes a Deus neste mundo tão doido?”. Joquebede, com fé e coragem, deu à luz Moisés e o escondeu, confiando no cuidado de Deus. Quando já não conseguia mais ocultar sua existência, pôs seu filho em um cesto impermeabilizado na borda do rio. Era uma atitude desesperada que até parecia loucura, mas, na verdade, foi um ato de fé e coragem (Êx 2.1-3). Mesmo sem saber o que aconteceria, Joquebede confiou no Senhor e entregou seu filho aos cuidados dEle. Essa fé fez com que Deus Se movesse e um grande milagre acontecesse. Moisés sobreviveu e se tornou um grande líder, libertando o povo hebreu da escravidão. Faça da mesma forma! Entregue seu filho nas mãos do Senhor. Deixe o medo e as preocupações de lado e creia que Deus está ouvindo suas orações a todo instante. Confie e entregue seus filhos aos cuidados do Senhor! Declare: Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão (Sl 37.25). E todos os teus filhos serão discípulos do SENHOR; e a paz de teus filhos será abundante (Is 54.13). Filha de Faraó – mãe do coração! A filha de Faraó teve uma atitude linda de amor e compaixão. Ela foi resposta de Deus para Joquebede, mãe de Moisés (Êx 2.1-3). Um dia, ao tomar banho no rio Nilo, ela avistou um cesto e, quando o abriu, encontrou dentro dele um lindo bebezinho chorando! Seu coração ficou movido de compaixão ao perceber que aquele era um menino hebreu. Diante daquela cena, ela teve piedade e coragem, pois decidiu desobedecer ao seu pai, o Faraó do Egito, ao adotar aquela criança, um menino hebreu. Apesar da situação, a filha de Faraó resolveu arriscar e salvar a vida do pequeno Moisés. Que lindo! Enquanto eles estavam matando, ela queria salvar. Da mesma maneira, existem outras mães do coração, que são mulheres que decidiram adotar, física ou espiritualmente, tornando-se mães maravilhosas. A filha do Faraó foi usada por Deus para salvar o bebê Moisés, filho de Joquebede, o qual se tornaria o grande libertador do povo hebreu. Deixe o Senhor também usar a sua vida! Confie no plano de Deus para esse bebê. Creia na benção que ele será por causa do seu cuidado, amor e da sua compaixão, mãe do coração! E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade (Ef 1.5). Ana creu! (1 Sm 1.4-11). Ana era amada e honrada por seu esposo, Elcana. Sua família trabalhava na obra do Senhor, e, embora fosse uma mulher virtuosa, Ana não tinha filhos. Essa situação a deixava irritada, principalmente por causa de Penina, sua adversária. Apesar de chorar bastante, nada acontecia (1 Sm 1.1-20). No entanto, quando Ana se levantou, foi ao templo e orou ao Senhor, ela recebeu a resposta. A confirmação veio por intermédio do profeta Eli, e Ana creu! Então, enxugou as lágrimas, afastou a tristeza do seu semblante e se alimentou! Com essa atitude de confiança, Deus atendeu à oração de Ana, e o milagre aconteceu (1 Sm 1.19,20). Aleluia! Posicione-se assim também e deixe Deus falar com você. Permaneça em oração e creia ao receber a Palavra! Mude a sua atitude e aja, pela fé, como se já tivesse alcançado o milagre da maternidade! Levante-se, enxugue as lágrimas e se alegre, pois a sua oração foi ouvida. Por Christiane Postigo.

Mães da Bíblia

Pais aproveitam o período de isolamento social para influenciar e renovar seu relacionamento com os filhos adolescentes

Obra da Graça Editorial destaca o perfil influenciador da figura paterna. Psicólogas debatem a mudança nas relações familiares durante a pandemia. Leonardo Felix Estamos conectados 24h à internet e interagimos continuamente nas redes sociais, encurtando a distância física entre as pessoas. Muitas vezes, estamos separados por milhares de quilômetros, porém a comunicação se dá de forma fluida. A um cômodo de distância, pais e filhos adolescentes não se falam, ou mantém uma relação superficial e distante. A Graça Editorial aborda essa questão da sociedade contemporânea no livro “Pai inteligente influencia o filho adolescente”, de Jaime Kemp. Segundo o autor e pastor, o pai é responsável por construir um ambiente apropriado ao crescimento e amadurecimento dos filhos. “Deus revelou, nas Escrituras, Seu plano para que a família desempenhe seu papel harmonicamente. O homem deve ser o líder e agir sob a autoridade do Cabeça, que é Cristo. Ao lado da esposa, eles criam os filhos em um lar focado em Jesus e nos princípios bíblicos”, explica. Para aprofundar o debate sobre o assunto, entrevistamos as psicólogas Ana Lúcia Rodrigues e Valéria Miranda. Graça Editorial: Como pais e filhos adolescentes têm se relacionado em tempos de pandemia? O isolamento social agravou a distância entre eles? Ana Lúcia Rodrigues: A relação dos adolescentes com os pais tem sido diferente. Os pais trabalhavam muito, sem tempo para família. Não conviviam com os filhos, o lar era apenas um local de descanso à noite. Agora tiveram que criar um hábito saudável para poder permanecer juntos, com menos atritos. Foi gerada uma rotina e a convivência em família está dando certo, com qualidade de vida. Por outro lado, infelizmente, também há casos de adolescentes que estão usando drogas para suportar um pai agressivo, que tem consumido muita bebida alcoólica, ocasionando o aumento de ocorrências de violência doméstica. Valéria Miranda: A busca por atendimento psicológico por parte dos pais para seus filhos aumentou. O isolamento não agravou a distância, ele aproximou pais e filhos. Se a família souber aproveitar a oportunidade, terá um maior convívio. Graça Editorial: Em uma época de comunicação on-line, qual é a principal barreira para que haja um relacionamento saudável entre pais e filhos adolescentes? Ana Lúcia Rodrigues: Os pais pedem aos filhos adolescentes que os ensinem como usar as redes sociais e o jovem não tem paciência para explicar. Isso já gera uma distância entre eles. Uma simples troca de mensagens de áudio ou texto com os pais não tem o mesmo efeito de uma conversa real, não é a mesma troca. Falta mais acolhimento e abraço. Valéria Miranda: A falta de compreensão e empatia. Muitos pais, devido ao trabalho, acabam perdendo a conexão com os filhos. Ainda é possível estabelecer uma comunicação saudável com os filhos. Para tal, devem valorizar os momentos em comum. Durante o lazer e a alimentação, o celular deve ser deixado de lado para priorizar as atividades em família. Os pais não dão a devida atenção aos filhos e não os conhecem verdadeiramente, pois estão ocupados com as questões profissionais e cotidianas. Isso prejudica a comunicação não verbal e, assim, o pai não percebe que seus filhos estão passando por angústias, tristezas e conflitos. De que forma os pais podem estabelecer uma relação de confiança e cumplicidade com seus filhos adolescentes? Ana Lúcia Rodrigues: O ideal é “não cortar as asas”, mas ensinar aos filhos como voar. Os pais tiveram os mesmos conflitos e dúvidas, portanto, para que haja confiança e cumplicidade, é preciso revelar-se, abrir o jogo. Uma criação autoritária demais só vai incentivar o adolescente a mentir, aumentando a distância para com seus pais. Valéria Miranda: Com empatia, respeito e compreensão. O pais devem se lembrar de que já passaram também por essa fase. Devem tentar pensar com a mente do adolescente, com acolhimento, sem julgamentos ou constrangimento. Diversos pais se colocam como seres muito superiores aos filhos, não dando abertura alguma para que seus filhos sejam seus amigos e os procurem para receber conselhos. O objetivo não é punir e atacar o filho adolescente, que, muitas vezes, é chamado de "rebelde" ou "aborrescente", mas auxiliar o ser humano que está em evolução e que precisa de cuidados. O que os pais devem fazer para entender melhor o universo do filho adolescente, dentro do contexto da sociedade atual e seus valores? Ana Lúcia Rodrigues: O pai deve procurar entender melhor o universo do filho adolescente dentro do contexto social. Há uma dinâmica muito diferente na comunicação. Hoje, esse adolescente quer saber o que todo mundo está falando. Além disso, o jovem está buscando a construção de sua própria identidade, o que o faz não ser um “clone” do pai. Portanto, havendo respeito a essa escolha, o pai pode se tornar um “líder”. O diálogo será melhor e o filho estará mais perto deste pai. É um “jogo” continuar educando em uma fase de conflitos. Valéria Miranda: Lembrar que o adolescente ainda não tem a sua consciência amadurecida, que o nível de compreensão dele ainda é diferente do adulto, e que essa fase passará, assim como passou para o próprio pai. Como o pai pode passar a ser uma influência positiva para seu filho adolescente? Ana Lúcia Rodrigues: Por exemplo, atualmente minha filha tem 30 anos. Achava que estava a educando bem, mas fui autoritária com ela. Era uma menina inteligente e, na época, muito insegura, porque a minha palavra tinha que ser sempre a última. É dar liberdade para que os filhos vivam. Eles devem arriscar e tomar suas próprias decisões. Isso vai tornar o convívio entre pais e filhos mais positivo. O pai deve ser sempre o porto seguro do filho, para que sempre possa confiar nos momentos de dificuldades. Valéria Miranda: Sempre com bons exemplos, pois as atitudes valem muito! Uma boa conversa, sinceridade, empatia são ótimas atitudes que vão fazer do adolescente um bom adulto. O carinho também é importante. Não é por que o filho está crescendo que você não deve mais dar um abraço, um beijo. Diga que o ama e que acredita nele e em seu potencial.

Pais aproveitam o período de isolamento social para influenciar e renovar seu relacionamento com os filhos adolescentes

Como exercer a paternidade espiritual na sociedade contemporânea?

Pastor da IIGD reafirma o papel de referência do pai na educação dos filhos. Best-seller da Graça Editorial fala do desafio de formar e liderar uma família. Leonardo Felix O dom da paternidade, concedido pelo Criador, precisa ser exercido não de forma autoritária, mas de maneira espiritual. É como o homem pode ser bem-sucedido nesta missão extremamente árdua, tendo em vista o contexto da sociedade contemporânea, que foi impactada diretamente pela tecnologia e pelas redes sociais. O best-seller da Graça Editorial “Guia bíblico de paternidade espiritual” revela exatamente isso às famílias cristãs. Segundo o autor Bayless Conley, “Um pai transmite mais do que informação. Ele transmite a si mesmo. Torna-se vulnerável. Sacrifica-se por seus filhos e filhas. Vigia em oração por eles e se regozija com o progresso deles. Carrega-os em seu coração. E ele não tem maior gozo do que este: o de ouvir que os seus filhos andam na verdade (3 Jo 1.4). Ser pai exige compromisso”. Além de empatia e compromisso, é preciso muito diálogo, necessidade identificada por Josias Cruz ao longo dos anos de seu ministério como pastor da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) e como pai de dois filhos: Diogo, de 23 anos, e Jean (7). “A Bíblia diz: ‘não por força nem por violência’ (Zacarias 4.6). As coisas que são forçadas nem podem ser abençoadas por Deus. Já em Provérbios 22.6: ‘Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele’, ou seja, deve-se educar como qualquer pai faz, mas ensinar dentro da Palavra de Deus, indicando ao filho o caminho da verdade para que ele nunca se desvie dela. O próprio Deus sempre teve cuidado com cada um de nós. Lá no jardim do Éden o Altíssimo mostrou o que podia e o que não podia ser feito. Mesmo assim, o homem escolheu o caminho do erro. Esforço-me e peço sabedoria a Deus para cuidar de meus filhos”, diz. Pelo exemplo ético e moral, o homem exerce seu papel de pai espiritual, segundo Conley: “Pais, como instrutores, não só ensinam pelo preceito, mas também fazem mais do que isso. Pelo exemplo, eles transmitem o seu caráter aos filhos e, no processo, reproduzem filhos à própria imagem”. Este pensamento é corroborado pelo pastor Josias: “Acima de tudo precisamos ser pessoas de Deus. O pastor Jayme de Amorim Campos (sede nacional da IIGD) costuma dizer que ‘devemos’ ser, não parecer ‘ser’ de Deus. Ninguém melhor do que a nossa família para dizer se eu sou ou não sou de Deus, para analisar a minha forma de agir, minhas atitudes e o meu tratamento para com eles. Tudo isso é um ensinamento. Fico feliz quando meu filho mais velho diz que quer ter um casamento igual ao meu. Ele vê a forma como trato minha esposa e isso acaba sendo uma boa referência. Infelizmente em muitos lares essa referência não é boa e, consequentemente, teremos filhos problemáticos, famílias e casamentos problemáticos”. Bayless Conley diz em sua obra que “verdadeiros pais no Senhor exortam, consolam e cobram”, afirmação que encontra respaldo na Palavra de Deus e na experiência cotidiana como pai e pastor de Josias Cruz: “Veja o cuidado que Deus teve ao ensinar Adão no Éden. O homem poderia comer livremente, menos da árvore que estava no meio do jardim. Desta árvore Adão não poderia comer, senão morreria. O pai faz isso, não impõe nada, ele ensina sem ser autoritário. Quando o filho pródigo falou para o pai que queria sua parte dos bens para viver a vida, não vimos o pai relutando ou questionando. O pai simplesmente dá a parte dos bens ao filho”, explica. Ainda baseado na parábola do filho pródigo (Lucas 15.11-32), o pastor da IIGD relata o comportamento amoroso do pai que instrui e consola mediante os ensinamentos de Jesus: “O filho saiu de casa, viveu uma vida miserável, perdeu tudo, se arrependeu e voltou para o pai. Mesmo após ver o filho passar por isso tudo, o pai não ‘joga na cara’ os acontecimentos, dizendo ‘eu te falei’, ‘bem feito’, ‘você me desobedeceu e quebrou a cara’. Não! A Bíblia diz que o pai o viu de longe, correu ao encontro dele, o abraçou. O filho ainda pediu perdão e misericórdia, mas o pai nem quis ouvi-lo. Trouxe roupas novas, sandálias, botou anel no dedo dele e ainda fez uma festa para o filho que havia retornado ao lar. Essa é a atitude de um homem de Deus, um pai de família, um pai santo que ensina seus filhos o caminho que deve andar”, finaliza.

Como exercer a paternidade espiritual na sociedade contemporânea?

Você sabe o que é nomofobia?

Livro da Graça Editorial orienta famílias a lidarem com esse transtorno psicológico cada vez mais recorrente na sociedade. Psiquiatra prega a atenção aos primeiros sintomas. Leonardo Felix Por acaso seu filho sente um medo irracional de estar sem um telefone celular ou de aparelhos eletrônicos, em geral, como computadores, tablets e videogames? Cuidado! Esse pode ser um primeiro sinal ou sintoma de que ele possui nomofobia. “A fobia é tão grande que chega a ser maior do que o apego pelos familiares, tornando assim muito comuns os problemas e conflitos familiares na comunicação. A nomofobia e a dependência digital são doenças relativamente recentes, assim como as novas tecnologias. Na maioria dos casos, os pacientes procuram o consultório apresentando sintomas associados a fobias, ansiedade e, até mesmo, depressão”, explica a psiquiatra Juliana Moutinho Antunes. Mesmo sendo um tema extremamente contemporâneo, já há amparo na literatura para tentar elucidar a delicada questão. O livro “Redes e adolescentes”, da dra. Kathy Koch, lançado no Brasil pela Graça Editorial, procura orientar as famílias a lidarem com esse transtorno psicológico cada vez mais recorrente na sociedade da informação. Segundo a autora, “cinco necessidades fundamentais” dos jovens devem ser atendidas, mediante o constante diálogo entre pais e filhos e a prática da fé em Jesus e da Palavra de Deus: segurança, identidade, pertencimento, propósito e competência. “A insegurança leva a busca da estabilidade em lugares errados (tecnologia, relacionamentos); (...) jovens sem acesso imediato à tecnologia têm sua segurança ameaçada; (...) se sentem seguros se as coisas são rápidas, perfeitas e fáceis; (...) confiar em pessoas não é natural para os jovens, pois seus relacionamentos são por meio das mídias sociais e das trocas das mensagens; (...) a tecnologia não é o meio que Deus preparou para suprir essa necessidade de segurança”, enumera a dra. Kathy. Para dar dimensão às falas de Kathy Koch e Juliana Moutinho Antunes, um estudo da City University de Hong Kong entrevistou 301 estudantes universitários entre 18 e 37 anos na Coreia do Sul, concluindo que eles veem smartphones, tablets e notebooks como parte de sua identidade, uma extensão de seus corpos. Sem a possibilidade de se comunicarem por meio desses aparelhos, os entrevistados demostraram desconforto, angústia e ansiedade – alguns dos sintomas da nomofobia, que vem do inglês “no mobile phobia” (ou medo de ficar sem celular). De acordo com o portal Canaltech, “esses sinais também são cada vez mais comuns entre os brasileiros que, segundo dados de uma pesquisa feita pela Millward Brown Brasil em parceria com a NetQuest, passam em média 3h14 por dia conectados ao smartphone. Entre os jovens da geração millennial, o tempo médio (...) é ainda maior: 4h diariamente. Apesar de o tempo excessivo que o indivíduo gasta usando o aparelho despertar curiosidade, são os prejuízos que esse uso ocasiona na vida que realmente preocupam”, discorre a publicação. De acordo com Koch, “os pais cristãos sabem que seus jovens serão mais íntegros e saudáveis quando a identidade deles foi fundamentada em seu relacionamento com o Senhor”. Entretanto, para tal, é preciso ocupar o vazio existencial: “Preenchemos esse vazio de maneira saudável pertencendo a Deus, em meio a pessoas que demonstram caráter sólido e compartilham nossas crenças, nossos interesses e/ou talentos”, explica. A psiquiatra Juliana Moutinho Antunes credita a gênese do problema ao modo de vida agitado da vida contemporânea: “Os pais passam muito tempo trabalhando enquanto os filhos ficam a sós, dedicando seu tempo à tecnologia e não aos estudos, o que gera muitos conflitos. É preciso que os pais fiquem atentos ao tempo de exposição à tela e ao conteúdo que essa criança ou adolescente acessa, pois, hoje em dia, a maioria dos jovens já possuem celulares”, orienta. A doutora norte-americana ressalta que “ao encontrarmos nossa competência em Deus, podemos cumprir nosso propósito”. Mas os jovens, especialmente, precisam de orientação nesta descoberta: “Os adolescentes dessa geração possuem multitalentos e são ‘multiapaixonados’, essa é a razão pela qual precisam de direção a fim de descobrir e acreditar no seu chamado”, diz. A atenção aos primeiros sinais e sintomas da nomofobia são fundamentais para a melhoria do quadro, segundo Antunes: “Por exemplo, verificar os dispositivos a cada cinco minutos de forma obsessiva; mentir sobre o tempo gasto no uso do aparelho; irritação no humor quando o celular perde a conexão com a internet. Dessa forma, começam a ocorrer conflitos no trabalho e na família devido ao uso excessivo da tecnologia. Alguns sintomas relacionados à abstinência podem aparecer, tais como taquicardia, sudorese, tremores e falta de ar. Quando esses sintomas estão associados a um prejuízo funcional, é necessária uma avaliação médica, com a possibilidade de início de medicação e terapia psicológica semanal”, encerra a psiquiatra. Fontes: https://canaltech.com.br/saude/nomofobia-vicio-em-dispositivos-moveis-pode-levar-a-depressao-135043/ https://canaltech.com.br/smartphone/brasileiro-passa-mais-de-3-horas-por-dia-no-celular-diz-pesquisa-80193/ https://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/cyber.2017.0113?journalCode=cyber

Você sabe o que é nomofobia?