POR QUE EXISTO?

POR QUE EXISTO?

Para vencer a maratona da vida, a Bíblia nos dá importantes conselhos, os quais nos levarão à vitória e a recompensas, tanto na Terra como na vida eterna. Em tempos de pandemia, em que muitos partiram ou ainda partirão para a eternidade, rever os conceitos de fé, salvação e libertação são fundamentais. Precisamos examinar se estamos conformados com o sistema do mundo, o qual nos “obriga” a perseguir apenas coisas terrenas. Se não vigiarmos, perderemos o foco do que é primário para alcançar a vida eterna com Deus. Neste período, é fundamental analisar se a nossa fé está alicerçada sobre os mandamentos do Senhor. A intenção deste estudo é destacar o que uma pessoa realmente precisa priorizar para ser salva e permanecer firme nesse propósito divino, caminhando rumo ao Céu! Por isso, convido-o a abrir seu coração para que o Espírito Santo o purifique, livrando a sua vida de qualquer impedimento para ter uma fé viva e verdadeira, de acordo com os ensinamentos do Pai. Não se esqueça das palavras do Senhor Jesus: Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap 3.11). POR QUE EXISTO? Nosso Criador é eterno (Sl 90.2). Deus nos criou com altíssimo padrão, à imagem e semelhança do Pai, Filho e Espírito Santo (Gn 1.26). Somos também eternos, assim como Deus. O espírito do homem é o verdadeiro “eu”. Temos o poder de raciocinar e tomar decisões. Habitamos em um corpo físico, feito do pó da terra (Gn 2.7). Ainda que experimentemos a morte física, nossa existência espiritual nunca acabará. A vontade de Deus é que sejamos bem-sucedidos em todas as áreas, pois Ele nos criou para glorificá-Lo. Fomos “projetados” para ter vida com abundância (Jo 10.10). O Senhor abençoa Seus filhos em diversas áreas. Assim, nosso corpo deve estar envolvido no processo de adoração, pois desfrutamos de saúde espiritual, mental e física para louvar a Deus. Na passagem de Lucas, Jesus destacou qual era o primeiro e grande mandamento, o qual envolve essas três dimensões do nosso ser (Lc 10.27). Assim como os pais se alegram e participam do desenvolvimento do filho, Deus também quer estar presente em cada detalhe da nossa vida. Assim, Ele Se alegra com as nossas vitórias, tem prazer em nos ensinar e nos proteger (Is 27.3). Do mesmo modo, Ele deseja suprir todas as nossas necessidades (Mt 6.31-33). Muitos, por não terem essa consciência, não dividem suas alegrias e necessidades com Deus; não convidam o Criador para fazer parte da sua vida. A maioria das pessoas age assim porque foram ensinadas de modo errado. Na maior parte das vezes, a religião apresenta um Deus severo, ocupado, distante e punidor, que está com um chicote na mão à espera do primeiro erro para castigar o indivíduo. Tudo isso é triste demais e equivocado! Para o homem conhecer o verdadeiro caráter de Deus, o Criador enviou Jesus Cristo ao mundo, a fim de revelar Seu profundo amor por todos nós (Jo 3.16). A cada manifestação de cura, libertação, perdão e vida transformada, o Pai demonstra o Seu amor por nós. Ao ler os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, observe Jesus chamando Deus de Pai com naturalidade, assim como um filho faz geralmente. Vemos, revelado nas atitudes de Jesus, o amor do Pai em favor de cada pessoa que se aproximou dEle pedindo ajuda. Com Seus ensinos, Jesus nos revela que temos vida plena ao voltarmos a ter comunhão com Deus. E como isso acontece? Quando passamos pelo processo de arrependimento, conversão, libertação e novo nascimento, que chamaremos de processo de salvação. Ao sermos salvos, nosso espírito volta a adorar, amar a Deus de todo coração e a manter comunhão com nosso Pai de amor. Quando somos vivificados, conseguimos conversar com Deus (oração). Nossos ouvidos espirituais ficam sensíveis e ouvimos Sua doce voz dentro do nosso coração. Por isso, creio que o principal propósito da vida não é vivermos preocupados com as coisas do mundo natural, lutando para sobreviver na Terra; mas adorar e amar a Deus simplesmente por aquilo que Ele é: nosso Pai de amor. IDENTIDADE REAL Identidade é o que nos qualifica como um ser único. No corpo físico, temos características únicas. No mundo espiritual, também temos uma identidade única! Fomos criados à imagem de Deus de forma individual (Sl 139.16). Apesar de existir um propósito para cada pessoa, há um propósito geral para toda a humanidade: fomos criados para adorar a Deus, portanto, nossa identidade é sermos adoradores do Senhor. Todo ser humano tem um desejo íntimo de buscar contato com algo superior para o preenchimento de um “vazio” inexplicável. Mesmo que não tenhamos o conhecimento pleno de quem é Deus, o coração do homem se inclina a adorar algo. Se adorarmos ao nosso Criador, esse vazio será preenchido. Se não o fizermos, poderemos cair no erro de adorar outro ser, outra coisa ou pessoa. Se não entendermos que nossa identidade é de adoradores de Deus, passaremos a vida nos sentindo como um peixe fora do oceano. Jesus declarou que o Pai procura os que O adoram em espírito e em verdade (Jo 4.23). PRECISAMOS ADORAR A DEUS? Só a adoração a Deus restaurará dentro de nós o verdadeiro motivo de viver e existe um princípio eterno que se torna real toda vez que O adoramos. Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor (2 Co 3.18). A adoração a Deus faz-nos refletir Sua glória. A cada momento que nos encontramos com Ele em adoração, somos transformados à Sua imagem e semelhança. Isso esclarece por que sentimos paz interior ao adorá-Lo, pois cumprimos o propósito de vida eterna para o qual fomos criados. Talvez a palavra admiração nos ajude a entender melhor esse princípio de sermos semelhantes àquilo que adoramos. Quando admiramos alguém, geralmente queremos ser como essa pessoa. Sentimos o desejo de estar mais perto para conviver com ela. Procuramos nos vestir parecido, falar com o mesmo sotaque, ter o corte de cabelo igual, fazer as mesmas coisas, seguir os mesmos ideais. Quando nascemos de novo e passamos a conhecer Deus como Pai, deixamos de vê-Lo apenas como Criador e entendemos que somos filhos dEle. Queremos “grudar” nEle, nos identificar com Seus valores, Sua natureza e essência, pensar como Ele pensa, sentir como Ele sente, agradar-Lhe em tudo! Desejamos recuperar o tempo perdido  afinal, é nosso Pai! Por isso, a aproximação deve ser um prazer e não uma obrigação religiosa. Naturalmente, à medida que O conhecemos e O adoramos, nosso amor aumenta de modo que O amamos de todo coração, com a mente e nossas forças. Então, nos rendemos à Sua vontade. Esse processo diário nos transforma à imagem e semelhança de Deus. Por outro lado, se não O adorarmos de coração, poderemos cair no erro de adorar alguém. Erroneamente, as pessoas confundem-se e adoram alguém usado por Deus para ajudá-las (Ap 19.10). Infelizmente, isso também ocorre de um modo geral na sociedade. É comum a admiração a cantores, jogadores de futebol e famosos tornar-se em idolatria. Não podemos colocar nada nem ninguém no lugar de Deus, pois nos tornaremos à imagem e semelhança do que adorarmos (Sl 115.4-8). Quando uma pessoa não adora a Deus, mas, sim, a pessoas imperfeitas, acaba tão imperfeita como elas. Deus ordenou: Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semel hança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás (Êx 20.2-5a). Hoje mesmo, decida adorar somente a Deus e tenha o vazio de seu coração preenchido com a presença dEle. Por Christiane Postigo.